sábado, 25 de agosto de 2012

Turbulência

Assistindo meus laços se desfazerem...
Vendo tudo que me importava se perder com a distância ou com as circunstâncias da vida.
Perdi meu orgulho, me tornei qualquer outra pessoa menos eu mesma.
Não quero sentir dores que não são minhas, não quero sofrer com preocupações que não são minhas.
Quero apenas voltar a ser quem eu era... Deixar de ser tão melancólica e voltar a ser quem sempre tinha um sorriso para dar, quem tinha o poder de fazer outros rirem.
Vendo tudo que eu era se perder diante de tantas mágoas e rancor.
Vendo os antigos se afastando e os inéditos se fortalecendo... Onde eu me encaixo?
E essa angústia que me acompanha desde a hora que eu acordei... O que isso significa? Faz sentindo deixá-la me guiar?
Desconheço O livro ou suas palavras... Talvez eu devesse me esforçar para aprender.
Sei que palavras de pessoas serenas me ajudaram mesmo, será o motivo O livro que eles conhecem e eu não?
Não sei quem falou ou onde estava escrito, mas sei que preciso acreditar na frase que diz que Deus jamais nos dá uma cruz maior do que a gente pode carregar. Apesar de me sentir horrível, sei que tenho força suficiente para mudar essa situação.
Quero aquela paz de volta...
Quero aquela certeza e calma.
Quem me conhece pode achar que eu nunca tive nada disso... Mas já existiram dias em que eu não tinha medos irracionais, que eu não tinha veneno na língua, já teve tempo que eu não tinha medo do fim.
Eu não sei o que molda a gente, se são as experiências ou a ausência delas... Quero minha ingenuidade de volta, quero minha confiança cega na bondade das pessoas, quero gostar dos momentos de paz, quero gostar de novo de frequentar um ambiente bom e de amor. Quero me sentir acolhida, quero me sentir bem.

Um teste de confiança, só preciso não me desesperar... Aos poucos tudo se acerta.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Recaída


Vou viver essa recaída... Deixar os sentimentos tomarem conta de mim de novo.
Eu ainda não consigo olhar o mar e não me lembrar da sua conexão com ele. Eu ainda não consigo ser completamente imune a forró e reggae... Lembra tanto você.
Eu ainda não sei como vou controlar tudo isso que está doendo aqui, ainda não sei lidar com a saudade, ou com a mudança.
Pior do que estar longe de você, é eu realmente me sentir distante. É horrível não conseguir falar, é corrosivo não poder te ver.
Você nunca foi menos que você. Por mais tempo que a gente passasse sem conversar ou sem se esbarrar, me confortava saber que você estava por perto e que podia viajar, mas sempre voltava.
Eu já não acredito que um dia eu vou voltar, logo eu que nunca queria ter ido embora.


Eu preciso de cura, porque essa ferida está me deixando louca.
Eu preciso de razão, porque meu coração está me tirando do eixo.
Eu preciso de você, mas isso é tão impossível...

É tão fácil falar para eu esquecer isso, que ficou para trás, assim como Brasília.
Acontece que foi a melhor parte da minha vida... Sonhar com alguém que eu admiro tanto e com quem me importo tanto.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Mais um pedaço de alguma coisa

Por mais que eu não consiga terminar um texto sobre isso... O fato de eu continuar tentando significa que eu ainda me importo. Porque quando você para de se importar, você para de se dar ao trabalho de escrever sobre. E eu ainda estou aqui, embaralhando ideias, desabafando pela metade para dizer que esse nó na minha cabeça me incomoda muito e, sinceramente, eu não sei porquê. Mas, o melhor de tudo é ter pessoas ao meu redor que são sinceras o suficiente para dizer: Eu não sei, mas continuo aqui.









Como falar o que eu não admito nem para mim?
Como explicar por que está doendo?
Nem tudo é tão direto, tão explícito assim...
Eu só queria aqueles sentimentos bons de volta.
As lágrimas de alguns dias atrás, as boas, as de felicidade...
Foram substituídas pelas de incerteza e angústia.
O que eu não daria por um abraço agora.







Guardando...
Absorvendo...
Esperando essa bomba explodir!
Para espalhar raiva, mágoas, frustrações e cobranças!

Só esperando meu auto controle acabar!








quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Desgastados e escondidos...

Posso admitir, só por hoje, minha vontade secreta?
Posso fugir das palavras diretas?
Fugir apenas para dizer que eu sonhei que você era minha fuga, que você era meu mundo quando o chão desabava, que você era a força e o senso de humor que me faltam.
Posso dizer que não foi o sonho de um sonho?
Posso dizer que eu realmente quis isso? Mas o tempo passa e as pessoas mudam... Verdade, mas as vontades secretas não realizadas e as verdades não faladas sempre voltam a atormentar.
Aqui estou, tantos anos depois ainda pensando no que falar, ainda pensando na sua reação se eu falasse tudo que escondo.
O trocadilho está exatamente aí! Eu, SEMPRE, falo. Mas nunca falo o que, sinceramente, gostaria.
Falo por falar, falo para não precisar ouvir.
Um dia eu enjoo de ser o centro de tudo e falo tudo que eu nunca tive coragem... E depois, eu espero e escuto. Escuto a eternidade das histórias que nunca deixei você contar, das suas dores que nunca fiz questão de ouvir. Um dia eu apenas escuto você... E quem sabe nesse dia, você também não consiga entender o que escondi por tanto tempo.


Mas amanhã tudo isso passa, foi só por hoje, lembra?
Foi só por hoje que revelei o que sonhei sentir... Só por hoje.


Sentimentos.