terça-feira, 29 de julho de 2014

Ampulheta

Mais um dia de dualidade...
Eu digo que não quero sentir, mas sinto. Só não queria que fosse você.
Não queria que meu algoz fosse a mesma pessoa a me fazer sentir frio na barriga e sorrir com bobagens.
Não queria que no meio de uma grosseria ele me cortasse com tanta destreza, como se me desarmasse...
Ele nem sabe, mas existe um poder subentendido nas coisas que ele diz. Sei que são mentiras, mas me pego acreditando nelas, porque elas soam tão bem!
O pior tipo de iludido é aquele que escolhe a ilusão.
Eu sei que nossos mundos não se misturam e cá estou, sonhando, esperando e querendo.
Você me despertou.
Faz tempo que tento escrever algo que faça sentido pra mim... Hoje, eu consegui.
Mais uma controvérsia, você diz que vai embora, mas me mantém presa a qualquer migalha que você deixa pra trás. Você tem ideia do tamanho da sua crueldade?
Vai e me deixa viver!
Ou fica de uma vez e vem viver comigo!
Porque esse "chove e não molha" não está funcionando bem.
Mais que ontem e menos que amanhã, te quero e você não vem.
Seja maior, seja melhor, me liberte dessa hipnose fajuta, dê um ponto final a uma noite ruim. Uma palavra durante todo o dia e não seria mais...
Bastava dizer: FIM.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Rejeição

Sentir é um desastre, sentir esperança é um conjunto de desastres ainda maior.
Qual é a intenção de alimentar algo que não se quer que exista?
Eu vivo minha vida sendo egoísta, pensando em mim, mas pelo menos assim não engano e nem magoo tanto quanto quem resolve dividir-se pela metade. Se você pretende se entregar, que seja por inteiro.
As pessoas são reais, não se limitam a ser fantoches que você pode usar e manipular como bem entender e depois simplesmente devolvê-las para a caixa e esperar por uma oportunidade mais conveniente de usá-las de novo.
Manter em sobreaviso...
Que espécie de covardia lhe faz achar que você pode mais, que você merece mais?
Eu estava aqui e queria seguir sem medo de cair, mas você agiu como tantos... Me tirou o chão e foi embora, me deixando ser sugada por um precipício muito maior que a altura das montanhas, um precipício de sentimentos... Algo imaginário que me leva a crer que não sou boa o bastante, que sou errada.
Que espécie de ser que se diz homem rejeita em silêncio? Dê sua cara a tapa e diga exatamente o que pensa, o que lhe fez refugar como um cavalo assustado.
Por que as pessoas não conseguem entender que a vida seria mais fácil se fôssemos todos diretos? Nada de joguinhos, só simplesmente falar o que há para ser dito.
Porque doeria menos...

Mas isso tudo é besteira, é dor de cotovelo e julgamento... E se eu não sei viver nesse mundo, o que estou fazendo aqui? Por que tento tanto me encaixar? Por que o que os outros pensam importa tanto, machuca tanto?