Rodeada de vozes e ações... E tudo que eu consigo sentir é solidão e fracasso.
Músicas que falam sobre o que nunca me pertenceu. O exemplo angustiante que eu não quero seguir.
Estranho mesmo é ver as pessoas que faziam parte da minha vida mudando tanto e eu aqui, perdendo tudo isso. Essa distância me mata cada dia mais.
Às vezes, sinto vontade de sair sem destino, passar um dia sozinha comigo mesma. Sorrir, chorar, gritar, deixar a minha loucura se libertar um pouco, porque me prender está me consumindo e aos poucos me tornando mais louca de dentro para fora.
Perdendo a consciência, aqueles segundos de atraso nos pensamentos, por alguns instantes eu não sei onde estou e isso me faz bem. Porque se não sei onde estou, posso estar em casa... Mas só dura alguns segundos e acordo do meu momento de inconsciência. Frustração, nada mudou.
Esquecer que um dia você foi tudo que eu precisava, esquecer que um dia você foi tudo que eu tinha.
Hoje eu te tenho mais do que nunca e ao mesmo tempo sinto como se te perdesse todos os dias.
Essa angústia me impede de controlar meus olhos teimosos... Ao menos estou sozinha no escuro, ninguém vai notar minha fraqueza, está tudo bem.
Cada dia que passa preciso mais, cada dia que passa não consigo encontrar o que quero, o que me acalma. Cada dia que passa minhas lembranças se desfazem.
Já não sei onde estivemos, já não sei se te mostrei meus amores, já não sei se te mostrei quem eu era... Agora é tarde, porque eu não existo mais e você está longe demais para me resgatar. E eu sei, você ajudaria se pudesse, mas te falta tempo e forças para ser você e eu ao mesmo tempo.
Não me reconhecer dói. Não saber se ainda amo o que costumava amar, se ainda sei o que costumava saber... Será que ainda sei confiar? Será que tudo isso foi quebrado para sempre?
Será que eu ganhei você e me perdi no caminho?
Será que eu me esforcei tanto para ter sua confiança, para ser parte da sua necessidade que esqueci de ser eu mesma?
Essas crises me destroem como se nunca tivesse existido nenhum pedaço de mim. Passageira da minha própria história. Mas a agonia não é passageira, ela vai, mas sempre volta. Sempre me lembra de que não está tudo bem, volta para me atormentar e dizer que eu não serei plenamente eu se eu não for você. Então eu me pergunto todo dia ao acordar... Onde estou? E quem é essa pessoa que vive por mim? Que fala com minha família e meu amigos como se os conhecesse e mesmo assim não é ninguém?
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