segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Fora do lugar

Eu não sei como eu vim parar aqui, nem como eu deixei de ser alguém feliz para apenas sobreviver.
Em algum momento eu me perdi e não faço ideia de quando ou de como voltar para um lugar conhecido.
Estou me sentindo sem chão, sem amor e sem vontade. 
Músicas já não me servem, o tempo já não cura e a escrita já não me liberta.
Pagaria até o que não tenho para rebobinar o tempo e reviver aqueles momentos, aproveitá-los mais.
Queria ter sabido que era minha última chance.
Não quero viver de passado, mas que falta me faz aquela vida e aquelas pessoas que hoje parecem tão distantes e alheias a mim.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Palavras não ditas

Velocidade, válvula, cano de escape... Tantos nomes, tantos significados e nenhum me serve.
O que costumava me acalmar, hoje me desestimula e me frustra. Escrever já não me deixa mais leve... Ainda gosto, mas não me ajuda a organizar minhas angústias.
Um refúgio falho.
Ou uma bagunça interna tão absurda que a saída se tornou ineficaz.
Ainda escrevo o que sinto e ainda sinto um milhão de coisas, mas transformá-las em palavras não ameniza as consequências. Ainda não sei lidar com frustrações e já perdi a esperança de aprender.
Um dia descubro o milagre da imunidade. Imunidade ao que acontece ao meu redor, não quero ser afetada pelas escolhas dos outros, não quero sentir saudade, não quero simplesmente sentir. Quero ser inerte e apenas passar... Já desisti de marcar, tanto faz se vou ser lembrada ou não. Isso não me importa mais, só quero que passe e que passe logo.
Palavras só são eternas se quem as escreve fizer diferença... Escrevendo coisas que jamais serão lidas e que não farão diferença. Escrevendo sentimentos dos quais não consigo me livrar.
ARRANCA ISSO LOGO, não quero mais.