domingo, 12 de janeiro de 2014

Palavras não ditas

Velocidade, válvula, cano de escape... Tantos nomes, tantos significados e nenhum me serve.
O que costumava me acalmar, hoje me desestimula e me frustra. Escrever já não me deixa mais leve... Ainda gosto, mas não me ajuda a organizar minhas angústias.
Um refúgio falho.
Ou uma bagunça interna tão absurda que a saída se tornou ineficaz.
Ainda escrevo o que sinto e ainda sinto um milhão de coisas, mas transformá-las em palavras não ameniza as consequências. Ainda não sei lidar com frustrações e já perdi a esperança de aprender.
Um dia descubro o milagre da imunidade. Imunidade ao que acontece ao meu redor, não quero ser afetada pelas escolhas dos outros, não quero sentir saudade, não quero simplesmente sentir. Quero ser inerte e apenas passar... Já desisti de marcar, tanto faz se vou ser lembrada ou não. Isso não me importa mais, só quero que passe e que passe logo.
Palavras só são eternas se quem as escreve fizer diferença... Escrevendo coisas que jamais serão lidas e que não farão diferença. Escrevendo sentimentos dos quais não consigo me livrar.
ARRANCA ISSO LOGO, não quero mais.

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