Algumas coisas fazem sentido mesmo que eu não as entenda.
Como quando Renato Russo diz em uma das músicas do Legião: “Sou um animal
sentimental, me apego facilmente”.
Outras coisas eu me
esforço ao máximo: leio, estudo, decoro... Mas elas não têm sentido algum e
logo as esqueço.
Como entender o porquê de o que eu mais amo ser tão difícil e
incompreensível?
Como é possível explicar que eu chego aos fins (ou não), mas
os meios me são estranhos?
Dentre as características que sei que me são intrínsecas, a
preguiça é a que mais me irrita e o vício o que mais me atrapalha...
Nesse exato momento, o que me distrai de minhas obrigações
acadêmicas não é a comida, não é a invenção dos infernos (computador) e nem a
música. Agora, quem me prende é Clarice... Não tenho pretensão de parecer sua
conhecida, estou em meu primeiro livro, mas, apesar dos meus floreios e
aversões a qualquer tipo de leitura que não seja fútil, ela conseguiu me
hipnotizar... Então vou dar pausa na pausa e esperar pelo tempo de morangos.